sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Para além da janela do nosso conforto…



(Continuação do artigo "Casa nova, mundo novo!")

Após o dia da mudança de casa, Bia, Jordan e Diana Riscas, aos poucos, foram tendo contacto com os novos espaços e cheiros que no início fizeram grande confusão nas suas cabecinhas felinas.

Passada a primeira noite, aos poucos, cada qual foi tendo a sua curiosidade de ir para além dos seus esconderijos.

Também os peixinhos de água temperada mudaram-se no mesmo dia e pareciam já estar bem ambientados.


E foi incrível como toda esta mudança de ares fez tão bem a todos.

Claro que no início, havia um medo em seus olhinhos, por detrás das portas, à espera dos sons que antes ouviam, tentando encontrar também os cheiros que haviam na outra casa.

E por isso, para que esta mudança não os assustasse, na sala da nova casa, estendi vários cobertores que estavam na outra casa para que aos poucos se ambientassem com os novos espaços, a partir dos cheiros antigos. 


Aliás, na nova casa, o espaço era muito maior e por isso, as brigas entre eles já não eram muito frequentes. Onde estavam na antiga casa, o espaço reduzido era propício às chamadas disputas territoriais.

Mas há que também haver um maior cuidado com as janelas e as portas da nova casa, pois as fugas nesta altura de mudanças podem acontecer.

Quando os gatos mudam de casa, podem querer voltar à antiga casa, e por isso, tendem a embrenhar-se pelos cantos e caminhos, à procura dos antigos cheiros que fizeram parte do seu lar por vários anos.

Durante estes primeiros dias, também cada qual procurou e encontrou o seu refúgio diante do novo e do desconhecido que os circundavam.

A Bia esgueirou-se para o fundo do roupeiro  e ficou ali atrás da mala de roupa. Só saía para comer e beber durante o dia.


Jordan e Diana Riscas escondiam-se, ou no armário da cozinha, ou na caixa de papelão que falei nos artigos anteriores.


Ainda decorriam as obras na nova casa, e assim sendo, os ruídos das máquinas e dos homens que trabalhavam nas obras, os assustavam muito durante o dia.

À noite, eles já interagiam mais. O Jordan e a Bia cheiravam e procuravam perceber os novos cantos da casa. No entanto, a Diana deixou-se estar mais na sua caixa de papelão.

Após a primeira semana, a Bia já olhava pela janela e admirava-se com o que via lá fora. 

O Jordan, por sua vez,  já tentava interagir até com os homens que estavam a trabalhar nas obras, e tinha de estar atenta para que ele não aproveitasse a ocasião e fugisse por alguma porta ou janela.

Aos poucos percebi que cada um deles lidou com a mudança de casa de uma forma única.

Cada gato tem a sua personalidade e mais uma vez, esta experiência de mudança de casa provou que os gatos realmente são cada qual, seres únicos e muito especiais.


A Bia demonstrou logo que gostou muito de estar neste novo ambiente. Quando já não ouvia os sons das obras, saía do seu esconderijo no roupeiro e dava um passeio pela casa toda para conhece-la melhor. No entanto, quando alguma porta se abria, fugia e escondia-se novamente. À noite, lá vinha ela fazer o seu "romrom" e dormir ao nosso lado como antes fazia.

O Jordan também gostava muito de explorar todos os cantos da casa e ainda mais entusiasmado ficava quando alguma porta se abria. Por isso comecei a deixar ele e a Diana Riscas numa sala, especialmente durante o dia, por causa do ir e vir dos que estavam a trabalhar nas obras.


A Diana Riscas foi a que demonstrou mais nervosismo com a nova casa, andando  mais tensa com tudo o que ouvia. Parecia que sempre andava à procura da casa antiga. Preferia ficar no seu caixote de papelão e para além disso, estava sempre ansiosa por ver algum canto onde pudesse ir, como se estivesse à procura da casa antiga. Tive de ter imenso cuidado com ela porque nos primeiros dias, a Diana subia as estantes e os móveis, e se houvesse algum espaço no teto, penso que ela iria se meter lá como que à procura de um caminho para a antiga casa.

Mas para além da janela havia um quintal e ainda mais novidades por descobrir.

Para além do conforto da casa, aos poucos eles foram percebendo que para além de uma casa nova, iriam ganhar a oportunidade de respirar novos ares para além das janelas e portas.

Mas todo este mundo novo lá fora também poderia oferecer-lhe perigos para a sua saúde.

Quando os gatos começam a ter uma vida no exterior da casa dos seus tutores, existem maiores cuidados que devem se ter em conta.

No próximo artigo, continuarei a falar desta descoberta e redescoberta, para além dos limites do conforto de uma casa.

Até o próximo artigo e beijinhos da Bia!


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