sábado, 8 de abril de 2017

Precisamos amar e desejar adotar um gato antes de o adotarmos!





Amar um gato é uma escolha bem especial e tem um toque personalizado.

Todos os gatos que já adotei fizeram e fazem parte de um momento bem específico da minha história.

Aliás, antes da adoção, eu e meu marido, fazemos sempre questão de termos uma conversa bem pensada, pois afinal, vamos trazer para a nossa casa, não apenas um animal de estimação.

Posso dizer que não considero nenhum dos animais que tenho em casa como apenas "animais de estimação".

Cada gato que trouxemos para viver connosco é parte da nossa casa, do nosso lar e também da nossa família.

Não consigo pensar na minha casa sem ter a companhia deles.

Eles fazem parte daquilo que vivo. Eles fazem parte da minha história.

A “Bia”, por exemplo, veio-me numa altura em que tudo parecia estar a dar errado na minha vida. Tinha morrido a minha gata Pantufa de 10 anos, foi-me diagnosticado um cancro e estava a ter os primeiros sintomas da minha deficiência visual progressiva e incurável.

Tudo parecia de “mal a pior” quando resolvemos, eu e meu marido, adotar outra gata, apenas e porquê, a minha gata Lady estava a sofrer de saudade pela perda da sua companheira de mais de nove anos…


E um dia o meu marido disse-me: se encontrarmos uma gata preta e branca, ainda melhor será!

- Porquê? - perguntei-lhe.

E ele foi-me dizendo que, antes de viver comigo, tinha na casa dos pais a Mascota, uma gata preta e branca, que era a gata mais meiga que já conheceu na sua vida.

Eu apenas preferia que fosse uma gata adulta, porque a Lady já tinha nove anos e precisava de uma companhia, preferencialmente já crescida. E para além disso, era preciso que fosse uma gata sociável com outros gatos para que a Lady a adotasse também.

A adoção de um gato, começa assim: no coração do(s) adotante(s)!

Precisamos amar e desejar adotar um gato antes de o adotarmos!


Adotar um gato não pode ser um ímpeto de momento em que estamos bem-dispostos.

Adotar um gato tem de ser uma atitude bem pensada e planeada pela família que o irá acolher.

Todos devem compartilhar da experiência da adoção, pois este animal a que chamamos gato, percebe logo quando não é estimado ou querido…

Claro que há situações, em que a adoção tem de ser urgente, pois trata-se de salvar um gato de uma situação de perigo. Nestas situações, o adotante é antes de mais, um salvador, um herói, que merece então as maiores congratulações. 

Adotar um animal para salva-lo de uma situação que coloca a sua vida em risco é um ato de heroísmo que devia ser imitado por cada vez mais pessoas.

Mas, fora destas situações, adotar um gato requer uma comunhão familiar e todos os intervenientes devem ser ouvidos.

Aliás, até mesmo os próprios gatos que já estão em casa, também devem ser consultados… e esta consulta dá-se nos dias posteriores à adoção em que a convivência deles deve ser vigiada pelos seus tutores.

E assim aconteceu!

Por incrível que pareça, a nossa veterinária tinha apenas uma gata preta e branca disponível para adoção, e era já adulta e parecia dar-se com os outros gatos. Ela chamava-se Bia e não lhe mudamos o nome.

Quando a Bia veio para a nossa casa, no início a nossa Lady fez-lhe uns bufos e rosnou-lhe…

Mas depois de alguns dias, eis que a felicidade volta com a nossa Bia abraçada à Lady e a partir dessa altura, uma nova história começa em nossa casa!



Nessa altura, mal eu sabia, que um dia iria escrever a história da Bia, a que dei o título "Bia por um triz"; e que para além disso, uma editora iria gostar do livro e que já faltam poucos meses para este livro estar disponível em livrarias de Portugal e do Brasil.

E assim aconteceu!

Os gatos ensinam-me, desta maneira, que mesmo que a nossa vida não esteja a correr bem por algum tempo, há sempre um motivo, eu diria, que sempre nos é dada uma grande oportunidade para mudarmos a nossa história, e recomeçarmos!






segunda-feira, 3 de abril de 2017

Cada gato é único e merece que contemos a sua história!





E aconteceu!

No dia 18 de março de 2017, foi assinado o contrato para a edição do livro “BIA POR UM TRIZ”.

Nas últimas semanas, Gráccio Caetano Atelier fez as 21 ilustrações que irão também fazer parte do livro. Todas as ilustrações usaram como modelo a Bia.

Sim, a Bia, cuja a história foi a base deste livro.


Bia foi uma gata de rua por algum tempo… Com base nos factos reais da sua vida e da vida de outros tantos gatos de rua é que foi contada a história do livro “BIA POR UM TRIZ”.

É preciso contar a verdadeira história dos gatos de rua e nada melhor do que me inspirar em experiências reais.

Existem muitas “Bias” que andam errantes pelas ruas das nossas cidades e são essas histórias anónimas que me inspiraram a escrever este livro.

Nos próximos meses, o livro irá ser preparado pela editora e brevemente irei vos dizer qual é a editora.

Neste momento só lhes posso dizer que esta editora irá colocar o livro “BIA POR UM TRIZ” disponível nas livrarias de Portugal e do Brasil.

Enquanto isso, neste blogue, irei compartilhando a minha experiência com a adoção dos meus gatos.

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O que vou compartilhar é apenas, o que vivi e o que ainda vivo na companhia dos meus gatos.

Convido-vos a prosseguir comigo nesta viagem pelo mundo real e maravilhoso dos gatos. 

Cada um deles é único e merece que contemos a sua história!