segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Os gatos e os mitos – Parte II: Cada gato é um gato!



(Continuação do artigo anterior)


Sim, cada gato é um gato! Parece uma redundância absurda. Mas o que aprendi e tenho aprendido na convivência com os meus gatos é que quando adotamos um gato, não conhecemos a personalidade de todos os gatos, pois cada qual tem a sua personalidade.

Desde a minha primeira gata, a Pantufa, aprendi que os gatos se mostram autênticos, cada qual com a sua personalidade e forma de ser e conviver comigo. Até agora, não encontrei um gato que fosse igual ao outro.


Muitos pensam que os gatos são todos iguais e isso é um dos mitos que procuro tirar com o meu livro “Bia por um triz”. Quem já leu o livro, vai perceber que ao longo da história, a Bia conhece outros gatos, e cada qual vai se apresentar com características próprias.

Quando adotamos um gato, temos de ter em conta que adotamos um ser “dotado de sensibilidade”, como bem já diz a lei (Lei n.º 8/2017 de 3 de março), porém bem sabemos que uma lei não conscientiza de imediato, apenas penaliza e inibe comportamentos a curto prazo.

A conscientização de uma lei acontece, com o decorrer do tempo, de geração em geração, à medida que os mitos errados forem caindo, e a par disso, a ciência ir desenvolvendo maiores conhecimentos acerca dos felinos, explicando racionalmente alguns dos seus comportamentos.

Cada gato é um gato, exatamente porque cada qual reagirá de uma maneira muito própria diante de uma mudança de ambiente, uma doença que lhe cause incômodo ou dor ou em resposta a uma violência externa que ele assim considere.


Ler as entrelinhas de um gato que vem ter contigo precisa ater-se a toda a sua história antes e depois de o conhecer.

Até mesmo no que se refere a comida, o Jordan gosta de um pouco de atum de vez em quando, enquanto que a Bia gosta é de comida seca.

Quando querem miminhos, a Bia fica de barriga para cima a olhar-me fixamente, enquanto que a Diana Riscas vem miando sem parar, a balançar o rabo nas minhas pernas.


Quando veem dormir, o Jordan gosta de estar nos meus pés, enquanto que a Bia gosta de dormir agarrada à minha mão.

Nas brincadeiras, o Jordan gosta de brincar com um ratinho, enquanto que a Diana gosta de andar atrás das bolas ou das cascas de castanhas que lhe atiro.

Esses são alguns dos exemplos que dou do quanto os gatos são diferentes, em personalidade e gostos, conforme cada um.

Mesmo em questão de mimos, a minha Pantufa não era muito dada a receber carinhos, gostando apenas de ficar a dar turrinhas de vez em quando.

A Bia, por sua vez, deixa-se estar sempre ali à espera de atenção e mimos.

À medida que os vamos conhecendo, até mesmo quando estão doentes, cada qual manifesta ou mesmo esconde a sua fragilidade de saúde.


Quando os gatos alteram o seu comportamento é um dos sinais que algo está mal. Comer demais ou comer menos, beber muita água ou pouca, vomitar depois de comer, ficar agressivo para com os demais companheiros de um momento para o outro, são alguns dos sinais que podem demonstrar que algo não vai bem com o seu gato.

Depois, há que ver mais um pormenor ou outro que falta aqui ou ali que só quem está no dia a dia com o seu gato em casa é que percebe a diferença.

Para além de tudo que aqui referi, os gatos ainda têm uma espécie de bônus em sua personalidade, que é a sua forma única de demonstrar o afeto para connosco.


A Bia gosta de dar turrinhas e encostar-se no máximo que pode a nós, enquanto que a Diana Riscas lambe-me a cara e o cabelo de contentamento quando me quer agradecer.

Existe um mito que dizemos dos gatos que eles se importam mais com a casa do que com os seus donos. Daquilo que vivi e vivo ao lado dos meus gatos, este é mais um daqueles mitos que são apenas mitos, pois um gato sente necessidade da companhia e da interação com os seus donos.

Num dos meus últimos artigos partilhei a história da minha Diana Riscas que ficou com tantas saudades minhas por ter ido de férias que deixou de comer.

Isto é mais um exemplo concreto do quanto eles poderão demonstrar, e das formas mais diversas, as suas emoções.

E por isso, no próximo artigo falarei de um outro assunto relacionado com outro mito dos gatos, pois há quem diga que o gato gosta é de andar na rua pois eles não gostam de estar fechados em casa, especialmente se for um apartamento.

(continua no próximo artigo)



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O livro “Bia por um triz” está a participar na Feira do Livro no Porto – 2017, com uma sessão de autógrafos marcada para o dia 14 de setembro de 2017 pelas 19hs, de que segue o respetivo convite e desde já estão convidados: