quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Os gatos e os mitos - Parte V: A sorte que os gatos nos dão!





Continuação do artigo anterior que pode ler em


Quando adotei a minha primeira gata, deparei-me com um mito que é muito divulgado acerca dos gatos. 


A minha Pantufa era quase completamente preta e quantos preconceitos existem acerca dos gatos pretos. Por vezes, existe ainda a ideia de que os gatos pretos não nos dão sorte e que nem se deve ver um gato preto à noite que isto não corre nada bem,  etc.

No entanto, quando vi aqueles grandes olhos amarelos da minha querida Pantufa, tudo isso que falavam sobre os gatos pretos pareceu-me uma grande aberração.

Aliás, os gatos sejam de que cor for, pretos ou brancos, cinzentos ou tigrados, são apenas gatos.


E quem tem um gato tem a sorte de ter um companheiro e um amigo fiel para a vida inteira.

Por vezes, os gatos nos conhecem em alturas da nossa vida em que tudo parece dar errado. A minha querida Bia apareceu na minha vida na altura que que lutava contra um cancro e começava a perder a visão.

Adotar um animal de estimação quando tudo está bem na nossa vida, não nos faz imaginar o quanto um animal poderá nos ajudar nos momentos menos bons.

Aliás, a interação que eu tive com os gatos, durante estes últimos anos foi parte de uma reflexão e estudo aprofundado nos últimos meses, que culminou na minha participação no III Congresso Online de Inclusão e Reabilitação da Pessoa com Deficiência Visual, que decorreu entre os dias 11 e 17 de dezembro de 2017.

À minha palestra dei o seguinte título: “Os gatos na reabilitação de pessoas com deficiência visual”. Esta palestra foi baseada no estudo que agora finalizei em um e-book atualizado com o título: ”Os meus gatos e os quatro pilares que sustentam a minha readaptação como deficiente visual”.

Para que todos possam ter acesso a este e-book, disponibilizei-o gratuitamente para quem se interesse por este assunto e possa lê-lo. Coloquei-o neste blogue no lado direito da página, e é só clicar lá e poderá baixa-lo gratuitamente.

Mas se quiser, pode clicar neste link e terá de imediato acesso ao e-book 

Desde já, convido a quem ler este e-book e quiser partilhar o que achou do que escrevi neste tema pode partilhar comigo, enviando-me uma mensagem na minha página do Facebook ou contactando-me por meio deste blogue, deixando-me uma mensagem.


Quando criei este blogue há cerca de um ano, não imaginava toda a repercussão e tudo o que tenho aprendido com o que as pessoas me contam e dizem a respeito do que sentiram ao ler o livro “Bia por um Triz”.

A história deste livro junta-se com a minha própria história.

Todos os dias, os gatos me surpreendem e ensinam-me que devemos estar atentos a todas a bênçãos que nos são oferecidas.

Um gato não se preocupa com o que tens a lhe oferecer, mas sim com o quanto podes partilhar com ele. O valor material que possas dar a um gato nada se compara com aquilo que de dentro do teu coração lhe possas dar.

Por exemplo, durante algum tempo achava que devia comprar aqueles brinquedos sofisticados para os meus gatos ficarem entretidos.

No entanto, nos últimos meses, percebi que os brinquedos que eles mais gostam são aqueles que fazemos, e daquilo que está mesmo ali, e desde que nós estejamos também a brincar com eles.

A Minha Diana Riscas gosta que lhe atire bolinhas feitas de papel, por exemplo, e fica toda feliz que os volte a atirar vezes sem conta. Ela corre atrás das bolinhas e por vezes, as traz para que as atire novamente.

A Bia gosta de brincar a agarrar fitas ou cordas no ar, quando as balanço encima dela.

E o Jordan gosta que o rodem na cadeira do computador.

São pequenas coisas que os fazem tão felizes. Não é preciso muito dinheiro para os satisfazer, pois mais importante para eles é a nossa presença.

Será que este momentos de brincadeira com eles não será o que precisamos para relaxar um pouco do stress na vida diária?

Muito mais saudável é interagirmos com estes felinos e depois sentirmos o seu ronron junto a nós de agradecimento.

Aliás já há estudos que este ronronar dos gatos é muito saudável para os humanos, especialmente ajudando  a quem tem problemas cardíacos.

No meu caso pessoal, como estou a perder a visão, toda esta interação com eles me faz exercitar a vista de uma forma diversificada, e ao mesmo tempo, para que eu mesma me readapte às perdas visuais de dia para dia.

Por isso, a sorte que um gato nos dá quando os adotamos é incalculável pois nada poderá pagar a companhia e a alegria que eles nos dão quando estão ao nosso lado, percebendo e interagindo connosco em todos os momentos da nossa vida.

Há quem diga que quem encontra um amigo, encontra um tesouro. Eu digo que quem adota um gato plenamente, encontra um amigo para toda a vida.



E isto de sorte e superstições são crenças limitantes que fazem-nos ter atitudes irracionais para com os animais, e todos os dias vemos atos indescritíveis que são feitos não só aos gatos, simplesmente porque ainda há quem pense que um animal é um objeto, desprovido de sentimento e de direitos fundamentais.

Quando toda a natureza viva ao nosso redor for tratada com respeito, é que talvez, será construído um verdadeiro paraíso mais saudável para todos, um meio ambiente equilibrado e verdadeiramente digno em que todos os seres vivos vivam plenamente e mais felizes.

Quanto tenho aprendido ao lidar com os gatos na minha vida diária!

Tudo isso aprendi porque aceitei partilhar a minha vida com estes felinos e desde então a minha vida nunca mais foi a mesma.

Até o próximo artigo com muitos beijinhos da Bia.


(Texto e fotos de Rosária Grácio)



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A melhor forma de ajudar os animais é adotando-os!
(Rosária Grácio)