segunda-feira, 23 de abril de 2018

Quando um gato brinca... Ama estar contigo!



Um gato gosta de brincar. E quanto mais jovem for um gato, mais ele me surpreenderá com a sua forma de interação comigo.

No livro “Bia por um Triz” dediquei um dos capítulos a este modo de brincar dos gatos, que por vezes, não é muito conhecido da personalidade dos gatos, que julgava, ser independente.
"Sabias que a idade dos gatos não é como a idade dos humanos? Com seis meses de vida, ainda era como uma criança na idade dos humanos. As crianças são traquinas e gostam de brincar. E por isso, eu também gostava muito de brincar.
Eu corria pela casa dos meus donos, e por vezes, era desajeitada e tropeçava nas coisas. Numa dessas correrias, quebrei um grande vaso de barro que a minha dona gostava muito.
Ups! Ralharam comigo!" 
(Página 19 do livro “Bia por um Triz”)

Ah, quando um gato se apega muito a seu dono, ao seu tutor, ao seu grande amigo humano, ele pensa que este seu grande amigo é o seu grande companheiro de corridas e brincadeiras pela casa.

Os meus gatos desafiam-me a brincar com coisas que estavam perdidas na casa, e que só quando caem da prateleira ou de cima do armário, é que vi que ali estavam. E no espaço onde estavam, lá estão aqueles olhos felinos, tão traquinas, a dizer-me:
- Viste? Agora é a tua vez!


De que servem as coisas da casa, se não temos a companhia de quem amamos?

Um dia, aquilo quebra-se, estraga-se, pois nada, nesta vida é eterno.

Eu aprendi que as coisas materiais que temos nesta vida são passageiras.

E por vezes, aquele retrato empoeirado cai de cima do armário, ou a cortina rasga-se na ponta, enfim, tantas surpresas, que nada mais são do que a interrogação que um gato me faz:
- O que te é mais importante, ter ou ser?



Na correria do dia a dia, nesta ânsia por ter tudo do melhor, quando o melhor já temos: o amor.

Ainda ontem, eu quando ia calçar-me, encontrei uma caneta dentro do meu sapato. E quem foi? Tenho já 3 gatos adultos, e se pensava que ao ficarem adultos, deixam de brincar, enganei-me.

Aliás, se eles não brincarem, nem interagirem comigo, desconfio. Um gato quando deixa de correr, brincar e interagir com o seu tutor, algo se passa, e é melhor ver se ele está bem de saúde.

Um gato gosta de mostrar que está feliz, pois a felicidade não pode ser fechada e escondida longe de quem amamos.


No meu caso, percebi que quanto mais partilhar a minha vida com os meus gatos, mais e mais eles irão retribuir com o seu tempo comigo.

O tempo, para cada um dos meus gatos, é este tempo em que ele está a meu lado.

No início pensava que devia comprar brinquedos sofisticados para eles estarem entretidos. Porém, percebi que uma caixa de papelão, umas bolas de papel e umas argolas de plástico, eram suficientes para eles se divertirem.

Se o gato que adotei, tiver a minha companhia, nada mais importa!

Um gato ensinou-me que as coisas materiais passam... Que desejar ter algo material é pouco para nos satisfazer… 

Mas ser para alguém, é dedicar-lhe tempo e atenção. Só assim, é possível amar e ser amado.

Amar é dedicar tempo na redescoberta do outro, conhecendo-o e estando-lhe próximo.


Beijinhos da Bia e até o próximo artigo!


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 O livro "Bia por um Triz" pode ser adquirido em

"A melhor forma de ajudar os animais é adotando-os."
(Rosária Gácio)

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Sempre vale a pena, quando se ama!




Neste blogue sempre partilhei um pouco da realidade que vivo no dia a dia com os meus gatos. 

Desde que a Bia começou a sentir um desconforto que se revelou na mudança do seu comportamento, e isso já lá vai para além de seis meses, começou uma verdadeira odisseia de ida a veterinários, mudança da dieta alimentar, medicação para isto e aquilo, sem falar no que a alteração do comportamento da Bia provocou nos seus outros dois companheiros felinos, Jordan e Diana Riscas.

A Diana Riscas e o Jordan ficam confusos e não percebem porque a Bia, por vezes, lhes lambe e gosta de estar perto deles, e outras vezes, rosna-lhes.


Quando a Bia sente algum desconforto que só ela conhece, ela quer ficar sozinha e longe dos outros gatos. Vai para um dos quartos da casa e isola-se. Nem mesmo quer que a tocamos. Depois de uma botija de água quente, e estar parada por um tempo, ela volta, devargarzinho, com medo que os outros lhe rosnem também.

Precisei colocar o spray de catnip nos lugares onde eles mais utilizam e estão juntos, para evitar confrontos entre eles.

Durante os últimos meses tenho acompanhado toda esta alteração e aos poucos perceber o que está a acontecer.

Os gatos não falam com nossa linguagem, mas eles falam através do seu comportamento.

Os gatos gostam de rotinas. Toda e qualquer alteração lhes provocam stress, e por vezes, o agravamento dos seus problemas de saúde.


Quem tem gatos sabe que eles não gostam de sair de casa, e mesmo a ida aos veterinários, nem que seja por doença, é muito stressante para eles.

Da última vez que a Bia foi internada, ela deixou de comer, e isso ia-lhe afetando os valores do fígado, pelo que voltou do internamento, em situação muito instável.

Levar um gato ao veterinário não é simples, pois um gato gosta do seu ambiente. Geralmente a Bia quando vai ao veterinário faz xixi na caixa transportadora porque a Bia sente pavor de sair de casa.

Mas nestes últimos meses, ela foi a várias consultas, pois precisava saber-se o porquê das suas queixas de vez em quando, e da sua alteração do comportamento.


Foram feitas radiografias, ecografia, exames ao sangue e urina, até mesmo despistou-se possíveis problemas da tiroide.


Ela ficou mais relaxada quando tomou o medicamento para as dores, mas passado algum tempo, sinto que a Bia está a sentir novamente o que inicialmente ela já se queixava.

Seja qual for o problema que a deixa ficar com desconforto, ainda não está totalmente clarificado.

E percebo que diante dos vários exames sem resposta, que a causa mais simples será o seu peso a mais e a pressão que a sua gordura faz nos seus ossinhos.

Os dois veterinários que a viram nestes últimos seis meses fizeram o seu melhor e tentaram de tudo. Por vezes, um problema é tão simples que se torna complexo descobri-lo. Ou talvez o problema seja realmente difícil e se confunda com tantos outros sintomas comuns que dão diagnósticos provavelmente acertados para a maioria dos casos que atingem os nossos amigos felinos.


Espero sinceramente que as queixas da Bia sejam provenientes do seu peso a mais, pois de dia para dia, tem perdido peso. Claro que esta perda de peso tem de ser lenta, e sinceramente, o que desejo é que ela o faça, sem perder a sua saúde.

Efetivamente, a obesidade dos gatos é um grande problema para a saúde deles, quando não têm muito espaço para correrem e praticarem exercícios. Com o passar do tempo, a sua falta de atividade aliada a grande quantidade de comida sempre disponível poderá propiciar o seu aumento de peso.

Os gatos gordinhos são fofinhos, mas isso não é conveniente para uma vida saudável como felino.

O peso pode ser um factor decisivo neste processo de instabilidade que estou a presenciar com a Bia. Mas também pode estar a mascarar o real problema que ela tem.

Entretanto, irei partilhar estas certezas e incertezas neste blogue. A página e o blogue da Bia chegam a muita gente, pessoas que já têm gatos há vários anos, cuja experiência pode ser preciosa. Sei também que muitas outras pessoas que seguem este blogue e página do facebook têm também conhecimentos veterinários, e quem sabe, já viram casos como o da Bia.

Não podemos desistir, sei disso por experiência própria.

Quando me disseram que a minha cegueira era progressiva, que não era previsível quanto tempo ainda tinha de visão, fui a muitos médicos e a maioria deles deu a mesma sentença desanimadora.

Mas não desisti. Nem tudo o que nos move são remédios de farmácia e diagnósticos acertados. É preciso mais! Temos de ter uma força de vontade que não depende de expectativas exteriores, um querer que avança, apesar dos ventos contrários e desanimadores.

Foi assim que escrevi o livro “Bia por um Triz”.

E por isso, digo todos os dias digo à Bia: - Hei de descobrir o que te causa as dores!

Coloco-lhe uma botija com água quente, e ela estica-se toda, e olha-me nos olhos, dando-me turrinhas, lambendo-me as mãos, agradecendo-me…

Como disse um dia, o poeta Fernando Pessoa, - “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena!”

E quando se partilha a vida com um gato, eles ensinam-nos, que na vida, quando se ama, a nossa alma nunca pode ser pequena pois amar sempre vale a pena!


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(Rosária Gácio)