quarta-feira, 11 de abril de 2018

Sempre vale a pena, quando se ama!




Neste blogue sempre partilhei um pouco da realidade que vivo no dia a dia com os meus gatos. 

Desde que a Bia começou a sentir um desconforto que se revelou na mudança do seu comportamento, e isso já lá vai para além de seis meses, começou uma verdadeira odisseia de ida a veterinários, mudança da dieta alimentar, medicação para isto e aquilo, sem falar no que a alteração do comportamento da Bia provocou nos seus outros dois companheiros felinos, Jordan e Diana Riscas.

A Diana Riscas e o Jordan ficam confusos e não percebem porque a Bia, por vezes, lhes lambe e gosta de estar perto deles, e outras vezes, rosna-lhes.


Quando a Bia sente algum desconforto que só ela conhece, ela quer ficar sozinha e longe dos outros gatos. Vai para um dos quartos da casa e isola-se. Nem mesmo quer que a tocamos. Depois de uma botija de água quente, e estar parada por um tempo, ela volta, devargarzinho, com medo que os outros lhe rosnem também.

Precisei colocar o spray de catnip nos lugares onde eles mais utilizam e estão juntos, para evitar confrontos entre eles.

Durante os últimos meses tenho acompanhado toda esta alteração e aos poucos perceber o que está a acontecer.

Os gatos não falam com nossa linguagem, mas eles falam através do seu comportamento.

Os gatos gostam de rotinas. Toda e qualquer alteração lhes provocam stress, e por vezes, o agravamento dos seus problemas de saúde.


Quem tem gatos sabe que eles não gostam de sair de casa, e mesmo a ida aos veterinários, nem que seja por doença, é muito stressante para eles.

Da última vez que a Bia foi internada, ela deixou de comer, e isso ia-lhe afetando os valores do fígado, pelo que voltou do internamento, em situação muito instável.

Levar um gato ao veterinário não é simples, pois um gato gosta do seu ambiente. Geralmente a Bia quando vai ao veterinário faz xixi na caixa transportadora porque a Bia sente pavor de sair de casa.

Mas nestes últimos meses, ela foi a várias consultas, pois precisava saber-se o porquê das suas queixas de vez em quando, e da sua alteração do comportamento.


Foram feitas radiografias, ecografia, exames ao sangue e urina, até mesmo despistou-se possíveis problemas da tiroide.


Ela ficou mais relaxada quando tomou o medicamento para as dores, mas passado algum tempo, sinto que a Bia está a sentir novamente o que inicialmente ela já se queixava.

Seja qual for o problema que a deixa ficar com desconforto, ainda não está totalmente clarificado.

E percebo que diante dos vários exames sem resposta, que a causa mais simples será o seu peso a mais e a pressão que a sua gordura faz nos seus ossinhos.

Os dois veterinários que a viram nestes últimos seis meses fizeram o seu melhor e tentaram de tudo. Por vezes, um problema é tão simples que se torna complexo descobri-lo. Ou talvez o problema seja realmente difícil e se confunda com tantos outros sintomas comuns que dão diagnósticos provavelmente acertados para a maioria dos casos que atingem os nossos amigos felinos.


Espero sinceramente que as queixas da Bia sejam provenientes do seu peso a mais, pois de dia para dia, tem perdido peso. Claro que esta perda de peso tem de ser lenta, e sinceramente, o que desejo é que ela o faça, sem perder a sua saúde.

Efetivamente, a obesidade dos gatos é um grande problema para a saúde deles, quando não têm muito espaço para correrem e praticarem exercícios. Com o passar do tempo, a sua falta de atividade aliada a grande quantidade de comida sempre disponível poderá propiciar o seu aumento de peso.

Os gatos gordinhos são fofinhos, mas isso não é conveniente para uma vida saudável como felino.

O peso pode ser um factor decisivo neste processo de instabilidade que estou a presenciar com a Bia. Mas também pode estar a mascarar o real problema que ela tem.

Entretanto, irei partilhar estas certezas e incertezas neste blogue. A página e o blogue da Bia chegam a muita gente, pessoas que já têm gatos há vários anos, cuja experiência pode ser preciosa. Sei também que muitas outras pessoas que seguem este blogue e página do facebook têm também conhecimentos veterinários, e quem sabe, já viram casos como o da Bia.

Não podemos desistir, sei disso por experiência própria.

Quando me disseram que a minha cegueira era progressiva, que não era previsível quanto tempo ainda tinha de visão, fui a muitos médicos e a maioria deles deu a mesma sentença desanimadora.

Mas não desisti. Nem tudo o que nos move são remédios de farmácia e diagnósticos acertados. É preciso mais! Temos de ter uma força de vontade que não depende de expectativas exteriores, um querer que avança, apesar dos ventos contrários e desanimadores.

Foi assim que escrevi o livro “Bia por um Triz”.

E por isso, digo todos os dias digo à Bia: - Hei de descobrir o que te causa as dores!

Coloco-lhe uma botija com água quente, e ela estica-se toda, e olha-me nos olhos, dando-me turrinhas, lambendo-me as mãos, agradecendo-me…

Como disse um dia, o poeta Fernando Pessoa, - “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena!”

E quando se partilha a vida com um gato, eles ensinam-nos, que na vida, quando se ama, a nossa alma nunca pode ser pequena pois amar sempre vale a pena!


Se gostou deste artigo e para acompanhar os próximos artigos, convido-te a seguir este blogue e a página do livro "Bia por um triz" em 

Para saber mais sobre o livro "Bia por um triz":

 O livro "Bia por um Triz" pode ser adquirido em

"A melhor forma de ajudar os animais é adotando-os."
(Rosária Gácio)

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