sábado, 18 de novembro de 2017

Aprendendo com os gatos - Amar é cuidar do outro!




No artigo anterior partilhei um pouco do que foi a convivência dos meus gatos uns com os outros. No entanto, isto da convivência de cada gato para com os demais, tem várias histórias porque cada gato é um gato, e cada qual tem a sua forma de lidar com esta convivência com os demais.

Vou começar por falar da Lady, a segunda gata que adotei.



Quem já leu os artigos anteriores, já sabe que esta gata foi a que veio dar companhia à minha primeira gata, a Pantufa.

Nessa sua ligação de amizade que durou cerca de dez anos, a Lady, quando estava ao lado da Pantufa, tinha o costume de fazer algo que sempre me chamou a atenção.


Apesar da Pantufa ser a mais velha, a Lady tinha um costume muito peculiar de ir marchar para cima da barriga da Pantufa.

No início a Pantufa se chateava um pouco, por vezes bufava-lhe, mas depois lá acabava por dormir e assim passavam horas nesta posição.


Até hoje não tenho uma explicação definitiva para o que a Lady fazia com a Pantufa. Já adotei outros gatos, porém, nenhum outro vi fazer isso como ela fazia.

Quando a Pantufa faleceu, a Lady começou a fazer esse mesmo gesto também comigo. 

Quando estava deitada na cama, a Lady vinha devagar, chegava-se perto de mim, e lá ia ela para cima da minha barriga, deixando-se assim ficar quase toda a noite. O mais interessante é que ela ficava de frente para mim, olhando-me fixamente como que atenta a tudo o que se passava à minha volta.

Aos poucos a Lady começou a fazer isso também mais vezes e em outras horas do dia.

Quando estava a escrever no computador, a Lady ia para cima do meu ombro ou costas, e deixava-se estar assim por muito tempo.


Quando a Bia veio para casa, também a Lady deitava sobre ela da mesma maneira.


E com os outros gatos que foram chegando, a Lady partilhava com cada qual, um cuidado especial, dando-se bem com todos.


O que significava esse gesto para a Lady?

Já me disseram que isso era uma espécie de demonstração de proteção maternal da Lady. Apesar da Pantufa ser mais velha que a Lady, no mundo dos gatos, será que a idade é realmente importante?

Quando a Lady chegou na minha casa, ela era ainda muito novinha, com apenas alguns meses. A Pantufa já era adulta e sempre foi mais corpulenta que a Lady. O mais certo seria a Pantufa adotar a Lady como filha, mas os gatos sempre me surpreendem, e por isso não me admiraria nada se fosse a Lady quem na verdade adotou a Pantufa e cuidava dela.


Também já me disseram que a Lady fazia isso porque considerava a Pantufa como mãe dela, e depois associou-me como a sua mãe após a morte da Pantufa.

Outra hipótese é que os gatos têm um certo dom de cura. Por incrível que pareça, a Pantufa morreu com uma insuficiência renal crónica, e eu, nessa altura em que a Lady se punha ao meu ombro, estava a passar por um cancro na tiroide.

Coincidência ou não, penso que ainda temos tanto que aprender com os animais, especialmente com os gatos.


Talvez, se tentássemos partilhar mais do nosso tempo com eles, pudéssemos perceber que por vezes, pequenos gestos nesta vida podem significar bem mais que muitas palavras.

A Lady ensinou-me que o afeto e a demonstração de amor pelos outros são feitos de gestos simples, da partilha de tempo e da atenção para com o outro que amamos. 

Não importa se temos pouco ou muito tempo de vida, o importante é que aproveitemos cada momento para amar e estar com quem amamos.

Então, neste dia, aproveita este momento e abraça quem mais amas!

Até o próximo artigo e beijinhos da Bia.


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(Rosária Grácio)