sábado, 16 de dezembro de 2017

Sobre a Autora Rosária Grácio



Rosária Grácio nasceu em 1965 em Angola. Desde criança manifesta interesse por ler e escrever histórias, e igualmente dedica-se à pintura e ao desenho artístico. Com apenas seis anos, ganha o Concurso de Natal de 1971, promovido pela Petrangol em Luanda, na Modalidade “A Melhor Carta ao Menino Jesus”. 


Em Portugal, desde 1990, realizou várias exposições de pintura especialmente por terras transmontanas de 1991 a 1999. Para cada um dos seus quadros, Rosária Grácio, sempre fez questão de lhes anexar um breve poema que a autora considera ser a alma e a personalidade das suas obras. Para alguns desses poemas, Rosária Grácio tem feito pequenos filmes com as imagens das respetivas obras no seu canal do Youtube - www.youtube.com/c/RosáriaGrácio.


Em 2015, licenciou-se em solicitadoria. Por essa altura, por causa de uma deficiência visual progressiva optou por voltar a colocar a arte em sua vida.

Com o marido Paulo Caetano nasce o Gráccio Caetano Atelier, realizando duas exposições de pintura em 2016 no Porto. A pintura Gráccio Caetano tem um caráter tridimensional, permitindo que seja também tocada por pessoas com deficiência visual. Os seus trabalhos podem ser melhor conhecidos em www.gracciocaetano.com.


Atualmente, Rosária Grácio também se dedica a escrever histórias, baseadas em experiências pessoais, porque a vida é sempre a melhor contadora de histórias.

Em julho de 2017 publica o livro “BIA POR UM TRIZ”, uma história baseada em factos reais, mais precisamente, a partir da história de uma das gatas da autora: Bia. Aliás, a Bia foi o modelo usado para as ilustrações feitas por Gráccio Caetano para este livro. 


Para desmitificar muitos dos mitos que ainda existem sobre a personalidade dos gatos, Rosária Grácio também criou um blogue dedicado à "Bia por um Triz" - livrobiaporumtriz.blogspot.pt - onde partilha um pouco da convivência com os seus gatos em sua vida. 


Na vertente da poesia, um dos meus poemas foi selecionado para fazer parte da Antologia de Poesia "Entre o Sono e o Sonho" - Volume 8 – 2017, da Chiado Editora, cuja a apresentação se realizou no dia 30 de setembro de 2017 no Teatro Tivoli BBVA em Lisboa. O poema selecionado tem o título de "Nas ruas virtuais da solidão…"  onde a autora colocou um pouco do que é o sonho em mãos que avançam ou que se deixam parar pelo sono. Este poema foi escrito há cerca de dois anos, quando me deparava com esta luta diária na readaptação à sua deficiência visual progressiva.

Para além da poesia e de histórias para crianças, a autora Rosária Grácio também tem vários escritos que aos poucos serão colocados neste blogue e alguns deles serão publicados no seu canal de Youtube em formato de pequenos filmes.

Para saber mais sobre a deficiência visual de Rosária Grácio conheça o seu blogue - vercombengalaverde.blogspot.pt - onde a autora partilha um pouco das suas dificuldades como deficiente visual. 









Amar é cuidar do outro com ações concretas!


O que é amar? O que é cuidar do outro?

Estamos a nos aproximar do Natal e mais uma vez, uma onda de solidariedade e de amor inunda a terra inteira. Parece que nesta altura, tudo parece mais leve e mais alegre. 

Mas o amar e o cuidar do outro é algo que também tenho aprendido com os meus gatos.

Nesta semana em que senti uma dor na coluna tive de estar mais parada. E para além disso, o frio e a chuva convidava-me a estar mais na cama, especialmente para me dedicar a escrever as minhas histórias e poemas.

Os gatos como sempre, estão muito atentos aos pormenores do que se passa à sua volta, especialmente quando sentem que o seu tutor está doente, e o seu comportamento e interação nessas alturas tem me surpreendido cada vez mais.


A Bia é uma gata que logo nos vem à cama dar as suas turrinhas e mimos de manhã. Aconchega-se junto ao nosso corpo, aquecendo-nos e deixa-se estar enquanto não levantarmos da cama.


A Diana Riscas, por sua vez, fica um pouco enervada quando eu fico para além da hora na cama. Quando não levanto, para além dos seus constantes miados, lambe-me a cara, patinha encima do meu corpo e faz de tudo para que eu acorde. Por vezes, tenho de lhe deixar entrar dentro dos lençóis para assim acalmar e dizer-lhe que tudo está bem comigo.

O Jordan é um gato mais prático e precisa de me ver de pé. Enquanto não levantar nem que seja para lhe dar comida ou fazer mimos, insiste para que me levante.

Depois de me levantar, há que fazer algo para comer tomar a medicação e até fazer qualquer tarefa da casa.

A Bia mal me vê sair da cama, levanta-se e sai também. Após comer um pouco lá vai tomar o seu banho de sol matinal.


A Diana Riscas acompanha-me pelos cantos da casa, dando turrinhas e até tenho de ter um certo cuidado para não tropeçar nela.

Então, o Jordan começa a correr pela casa como que satisfeito por tudo voltar à normalidade.

O que aprendo aqui é que os gatos não gostam de se vergar à doença. 

A Bia, ainda tem certa dificuldade com a tal patinha que ficou dorida com a queda, mas nunca se deixou ficar parada. Vai andando e fazendo a sua rotina, especialmente subindo para a cômoda da sala, onde fica ao sol durante grande parte da manhã.

E ao fim da tarde quando tenho de voltar a me deitar por causa das dores nas costas, eles lá vem todos para cima da cama, aninhando-se a mim, adormecendo enquanto me dedico à escrita nos meus blogues.

O que é amar? Penso que amar é esse acompanhar a rotina do outro, interagindo concretamente aceitando as suas fragilidades pois não somos todos iguais e os gatos, felizmente também não, tendo cada qual a sua forma de interagir com o seu tutor. 

Assim aprendo com os meus gatos que é preciso lidar com a doença e com a saúde, com a mesma força de vencer e caminhar todos os dias, aproveitando ao máximo o que podemos fazer, dia após dia.

Beijinhos da Bia e até o próximo artigo!


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(Rosária Grácio)