Um gato gosta de brincar. E quanto mais jovem for um gato, mais ele me surpreenderá com a sua forma de interação comigo.
No livro “Bia por um Triz” dediquei um dos capítulos a este modo de brincar dos gatos, que por vezes, não é muito conhecido da personalidade dos gatos, que julgava, ser independente.
"Sabias que a idade dos gatos não é como a idade dos humanos? Com seis meses de vida, ainda era como uma criança na idade dos humanos. As crianças são traquinas e gostam de brincar. E por isso, eu também gostava muito de brincar.
Eu corria pela casa dos meus donos, e por vezes, era desajeitada e tropeçava nas coisas. Numa dessas correrias, quebrei um grande vaso de barro que a minha dona gostava muito.
Ups! Ralharam comigo!"
(Página 19 do livro “Bia por um Triz”)
Ah, quando um gato se apega muito a seu dono, ao seu tutor, ao
seu grande amigo humano, ele pensa que este seu grande amigo é o seu grande
companheiro de corridas e brincadeiras pela casa.
Os meus gatos desafiam-me a brincar com coisas que estavam perdidas
na casa, e que só quando caem da prateleira ou de cima do
armário, é que vi que ali estavam. E no espaço onde estavam, lá estão aqueles olhos felinos, tão traquinas, a dizer-me:
- Viste? Agora é a tua vez!
De que servem as coisas da casa, se não temos a companhia de
quem amamos?
Um dia, aquilo quebra-se, estraga-se, pois nada, nesta vida
é eterno.
Eu aprendi que as coisas materiais que temos nesta vida são passageiras.
E por vezes, aquele retrato empoeirado cai de cima do
armário, ou a cortina rasga-se na ponta, enfim, tantas surpresas, que nada mais
são do que a interrogação que um gato me faz:
Na correria do dia a dia, nesta ânsia por ter tudo do melhor,
quando o melhor já temos: o amor.
Ainda ontem, eu quando ia calçar-me, encontrei uma caneta
dentro do meu sapato. E quem foi? Tenho já 3 gatos adultos, e se pensava que ao ficarem adultos, deixam de brincar, enganei-me.
Aliás, se eles não brincarem, nem interagirem comigo,
desconfio. Um gato quando deixa de correr, brincar e interagir com o seu tutor,
algo se passa, e é melhor ver se ele está bem de saúde.
Um gato gosta de mostrar que está feliz, pois a felicidade não pode ser fechada e escondida longe de quem amamos.
No meu caso, percebi que quanto mais partilhar a minha vida
com os meus gatos, mais e mais eles irão retribuir com o seu tempo comigo.
O tempo, para cada um dos meus gatos, é este tempo em que ele está a meu lado.
No início pensava que devia comprar brinquedos sofisticados para
eles estarem entretidos. Porém, percebi que uma caixa de papelão, umas bolas de
papel e umas argolas de plástico, eram suficientes para eles se divertirem.
Se o gato que adotei, tiver a minha companhia, nada mais importa!
Um gato ensinou-me que as coisas materiais passam... Que desejar ter algo material é
pouco para nos satisfazer…
Mas ser para alguém, é dedicar-lhe tempo e atenção. Só assim, é possível amar e ser amado.
Amar é dedicar tempo na redescoberta do outro, conhecendo-o e estando-lhe próximo.
Beijinhos da Bia e até o próximo artigo!
O livro "Bia por um Triz" pode ser adquirido em
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"A melhor forma de ajudar os animais é adotando-os."(Rosária Gácio)
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