Quem é a "BIA POR UM TRIZ"? Bia é uma das gatas, com as quais partilho a minha casa. A Bia, antes de ir para a minha casa, viveu na rua… E a minha veterinária foi-me contando pormenores que incrivelmente aconteceram com esta gata antes de vir para as minhas mãos. A Bia é uma vencedora. E apesar do abandono, Bia foi capaz de criar afeto pelos seres humanos, novamente. E por isso, foi-se criando dentro de mim, uma vontade de escrever a sua história. Assim nasceu o livro "BIA POR UM TRIZ".
quinta-feira, 26 de abril de 2018
segunda-feira, 23 de abril de 2018
Quando um gato brinca... Ama estar contigo!
Um gato gosta de brincar. E quanto mais jovem for um gato, mais ele me surpreenderá com a sua forma de interação comigo.
No livro “Bia por um Triz” dediquei um dos capítulos a este modo de brincar dos gatos, que por vezes, não é muito conhecido da personalidade dos gatos, que julgava, ser independente.
"Sabias que a idade dos gatos não é como a idade dos humanos? Com seis meses de vida, ainda era como uma criança na idade dos humanos. As crianças são traquinas e gostam de brincar. E por isso, eu também gostava muito de brincar.
Eu corria pela casa dos meus donos, e por vezes, era desajeitada e tropeçava nas coisas. Numa dessas correrias, quebrei um grande vaso de barro que a minha dona gostava muito.
Ups! Ralharam comigo!"
(Página 19 do livro “Bia por um Triz”)
Ah, quando um gato se apega muito a seu dono, ao seu tutor, ao
seu grande amigo humano, ele pensa que este seu grande amigo é o seu grande
companheiro de corridas e brincadeiras pela casa.
Os meus gatos desafiam-me a brincar com coisas que estavam perdidas
na casa, e que só quando caem da prateleira ou de cima do
armário, é que vi que ali estavam. E no espaço onde estavam, lá estão aqueles olhos felinos, tão traquinas, a dizer-me:
- Viste? Agora é a tua vez!
De que servem as coisas da casa, se não temos a companhia de
quem amamos?
Um dia, aquilo quebra-se, estraga-se, pois nada, nesta vida
é eterno.
Eu aprendi que as coisas materiais que temos nesta vida são passageiras.
E por vezes, aquele retrato empoeirado cai de cima do
armário, ou a cortina rasga-se na ponta, enfim, tantas surpresas, que nada mais
são do que a interrogação que um gato me faz:
Na correria do dia a dia, nesta ânsia por ter tudo do melhor,
quando o melhor já temos: o amor.
Ainda ontem, eu quando ia calçar-me, encontrei uma caneta
dentro do meu sapato. E quem foi? Tenho já 3 gatos adultos, e se pensava que ao ficarem adultos, deixam de brincar, enganei-me.
Aliás, se eles não brincarem, nem interagirem comigo,
desconfio. Um gato quando deixa de correr, brincar e interagir com o seu tutor,
algo se passa, e é melhor ver se ele está bem de saúde.
Um gato gosta de mostrar que está feliz, pois a felicidade não pode ser fechada e escondida longe de quem amamos.
No meu caso, percebi que quanto mais partilhar a minha vida
com os meus gatos, mais e mais eles irão retribuir com o seu tempo comigo.
O tempo, para cada um dos meus gatos, é este tempo em que ele está a meu lado.
No início pensava que devia comprar brinquedos sofisticados para
eles estarem entretidos. Porém, percebi que uma caixa de papelão, umas bolas de
papel e umas argolas de plástico, eram suficientes para eles se divertirem.
Se o gato que adotei, tiver a minha companhia, nada mais importa!
Um gato ensinou-me que as coisas materiais passam... Que desejar ter algo material é
pouco para nos satisfazer…
Mas ser para alguém, é dedicar-lhe tempo e atenção. Só assim, é possível amar e ser amado.
Amar é dedicar tempo na redescoberta do outro, conhecendo-o e estando-lhe próximo.
Beijinhos da Bia e até o próximo artigo!
O livro "Bia por um Triz" pode ser adquirido em
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Veja esta apresentação do livro em
"A melhor forma de ajudar os animais é adotando-os."(Rosária Gácio)
quarta-feira, 11 de abril de 2018
Sempre vale a pena, quando se ama!
Neste blogue sempre partilhei um pouco da realidade que vivo
no dia a dia com os meus gatos.
Desde que a Bia começou a sentir um desconforto que se
revelou na mudança do seu comportamento, e isso já lá vai para além de seis meses,
começou uma verdadeira odisseia de ida a veterinários, mudança da dieta
alimentar, medicação para isto e aquilo, sem falar no que a alteração do comportamento
da Bia provocou nos seus outros dois companheiros felinos, Jordan e Diana
Riscas.
A Diana Riscas e o Jordan ficam confusos e não percebem
porque a Bia, por vezes, lhes lambe e gosta de estar perto deles, e outras
vezes, rosna-lhes.
Quando a Bia sente algum desconforto que só ela conhece, ela
quer ficar sozinha e longe dos outros gatos. Vai para um dos quartos da casa e isola-se. Nem
mesmo quer que a tocamos. Depois de uma botija de água quente, e estar parada
por um tempo, ela volta, devargarzinho, com medo que os outros lhe rosnem
também.
Precisei colocar o spray de catnip nos lugares onde eles
mais utilizam e estão juntos, para evitar confrontos entre eles.
Durante os últimos meses tenho acompanhado toda esta alteração e aos poucos perceber o que está a acontecer.
Os gatos não falam com nossa linguagem, mas eles falam através do seu comportamento.
Os gatos gostam de rotinas. Toda e qualquer alteração lhes
provocam stress, e por vezes, o agravamento dos seus problemas de saúde.
Quem tem gatos sabe que eles não gostam de sair de casa, e
mesmo a ida aos veterinários, nem que seja por doença, é muito stressante para
eles.
Da última vez que a Bia foi internada, ela deixou de comer,
e isso ia-lhe afetando os valores do fígado, pelo que voltou do internamento,
em situação muito instável.
Levar um gato ao veterinário não é simples, pois um gato
gosta do seu ambiente. Geralmente a Bia quando vai ao veterinário faz xixi na
caixa transportadora porque a Bia sente pavor de sair de casa.
Mas nestes últimos meses, ela foi a várias consultas, pois
precisava saber-se o porquê das suas queixas de vez em quando, e da sua alteração
do comportamento.
Foram feitas radiografias, ecografia, exames ao sangue e
urina, até mesmo despistou-se possíveis problemas da tiroide.
Ela ficou mais relaxada quando tomou o medicamento para as
dores, mas passado algum tempo, sinto que a Bia está a sentir novamente o que
inicialmente ela já se queixava.
Seja qual for o problema que a deixa ficar com desconforto, ainda
não está totalmente clarificado.
E percebo que diante dos vários exames sem resposta, que a
causa mais simples será o seu peso a mais e a pressão que a sua gordura faz nos
seus ossinhos.
Os dois veterinários que a viram nestes últimos seis meses
fizeram o seu melhor e tentaram de tudo. Por vezes, um problema é tão simples
que se torna complexo descobri-lo. Ou talvez o problema seja realmente difícil
e se confunda com tantos outros sintomas comuns que dão diagnósticos provavelmente acertados para a maioria dos casos que atingem os nossos amigos felinos.
Espero sinceramente que as queixas da Bia sejam provenientes
do seu peso a mais, pois de dia para dia, tem perdido peso. Claro que esta perda de peso tem de ser lenta, e sinceramente, o que desejo é que ela o faça, sem perder a sua saúde.
Efetivamente, a obesidade dos gatos é um grande problema para a saúde deles, quando não têm muito espaço para correrem e praticarem exercícios. Com o passar do tempo, a sua falta de atividade aliada a grande quantidade de comida sempre disponível poderá propiciar o seu aumento de peso.
Os gatos gordinhos são fofinhos, mas isso não é conveniente para uma vida saudável como felino.
O peso pode ser um factor decisivo neste processo de instabilidade que estou a presenciar com a Bia. Mas também pode estar a mascarar o real problema que ela tem.
Entretanto, irei partilhar estas certezas e incertezas
neste blogue. A página e o blogue da Bia chegam a muita gente, pessoas que já
têm gatos há vários anos, cuja experiência pode ser preciosa. Sei também que muitas outras pessoas que seguem este blogue e página do facebook têm também conhecimentos
veterinários, e quem sabe, já viram casos como o da Bia.
Não podemos desistir, sei disso por experiência própria.
Quando me disseram que a minha cegueira era progressiva, que
não era previsível quanto tempo ainda tinha de visão, fui a muitos médicos e a maioria deles deu a mesma sentença desanimadora.
Mas não desisti. Nem tudo o que nos move são remédios de
farmácia e diagnósticos acertados. É preciso mais! Temos de ter uma força de vontade que não
depende de expectativas exteriores, um querer que avança, apesar dos ventos
contrários e desanimadores.
Foi assim que escrevi o livro “Bia por um Triz”.
E por isso, digo todos os dias digo à Bia: - Hei de
descobrir o que te causa as dores!
Coloco-lhe uma botija com água quente, e
ela estica-se toda, e olha-me nos olhos, dando-me turrinhas, lambendo-me as
mãos, agradecendo-me…
Como disse um dia, o poeta Fernando Pessoa, - “Tudo vale a
pena quando a alma não é pequena!”
E quando se partilha a vida com um gato, eles ensinam-nos,
que na vida, quando se ama, a nossa alma nunca pode ser pequena pois amar
sempre vale a pena!
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"A melhor forma de ajudar os animais é adotando-os."(Rosária Gácio)
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